Sábado, dia 31 de outubro, Dia das Bruxas. Talvez por isso choveu tanto em Buenos Aires. Saindo do Malba, resolvemos conhecer 'A Quadra', um largo coberto, dica da revista de bordo da TAM. Chegamos lá e achamos uma furada! Lojas fechadas e restaurantes sem charme. Saímos andando na chuva, e resolvemos experimentar o Las Cabritas. Tinha um ar aconchegante e estava cheio (sinal de que devia valer a pena, não é?)
A cestinha com os lápis colorido foi o mais bacana do almoço...
Tomamos um vinho nacional, é claro, empanadas de entrada e carne como prato principal. Tudo ok. Nada mais. Não indico. O que vale a pena é uma lojinha que tem do outro lado da rua, com 'objetos com personalidade'. Depois de tantas andanças, fomos para o hotel tirar uma soneca, porque o clima não animava para outro programa.
À noite, aí sim, acertamos em cheio. Conhecemos um bar fora do circuito turístico com jazz ao vivo. Pagando apenas 40 pesos de ingresso, e mais um pouco por uma tábua de queijos e bebidas (eu fui de refri, para me recompor!), curtimos um som introspectivo, perfeito para reflexões. Tipos curiosos, de todas as idades e estilos e uma decoração pitoresca completaram o cenário. O teto era curvo, parecendo um tênue túnel, com tijolos à vista e protegidos por uma tela. A iluminação era difusa, com tijolos de vidro sobre o bar de concreto, que recebiam luz por baixo, algumas luminárias pelas paredes simulando velas e sobre o palco um lustre que parecia uma ramalhete de ponta cabeça, com lâmpadas que lembravam pequenas tulipas. Sentamos no bar e dali pude acompanhar a movimentação da equipe do Thelonius. Um rapaz com cabelo raspado, afastador nas orelhas, munhequeira de couro e cinto de tachinhas estilo roqueiro cuidava do caixa e ajudava a servir quando necessário. Um ruivo com chapéu quadriculado era responsável pela mesa de som. A garçonete, Sophie, era bem novinha e tinha um nariz marcante, que de forma alguma era feio ou exagerado. Um cabeludo, de camiseta regata preta e braços musculosos, preparava os drinques. A banda era composta de guitarra, trompetista e violoncelo. Meu ralo castelhano só identificou os nomes de dois dos três músicos, Juan Pablo e Carlos. O músico do Celo ficou anônimo.
O trompetista, o mais velho e claramente o 'chefe' do grupo, ficou irritado no começo do show com o bate-papo e fez um -Shhhhhh!!! que funcionou rapidinho (devia ter trazido o moço para a café literário da Bienal de Curitiba....). O guitarrista parecia o Visconde de Sabugosa. Talvez pelos cabelos crespos e o rosto claro e magro. Era o que mais viajava enquanto tocava. Enfim, noite deliciosa, programa super ultra recomendado!!!
um beijo,
dany
Nenhum comentário:
Postar um comentário