Mostre-me um exemplo Profissão: Mãe!: Sábado literário regado a camarão

domingo, 4 de outubro de 2009

Sábado literário regado a camarão

Depois de um café da manhã literalmente às moscas, resolvi trocar de pousada.
Instalada agora na Pousada Quatro Cantos, fui tomar um banho de piscina - o calor aqui é poderoso, e eu também sou filha de Deus.
Faladora que sou, conheci Lilian, uma feliz moradora de Búzios, que está em Recife com uma amiga que é a responsável pelo Olinda Jazz, festival que aconteceu nesse final de semana (veja mais aqui).
Quando percebi que o prazo de validade da minha pele branco-omo estava vencendo, me retirei para uma mesa à sombra de um enorme flamboyant e pedi o meu almoço.

Primeira refeição decente desde a última quinta-feira, saboreei uma deliciosa moqueca de camarão, regada à uma Antartica geladinha.
Depois fui descansar, porque o dia tinha sido difícil.
Às 4h da tarde estava na Bienal. Perdida nos corredores labirínticos da feira, encontrei Carrero, também perdido, procurando uma cerveja gelada. Depois de algumas voltas, chegamos à Praça de Alimentação, onde Gerusa, poeta pernambucana, juntou-se a nós. O papo rendeu e quando voltamos ao Auditório já eram quase 6h.
O percurso da lanchonete ao auditório foi longo. A cada dez passos Carrero parava para abraçar um amigo, ou era interceptado para receber congratulações, tirar fotos, dar autógrafos. Acompanhando o homenageado da Bienal pelos corredores, lembrava-me do terrível café literário em Curitiba, quando ele foi ignorado pelos presentes, e sua fala abafada pela conversa paralela “Perdoai-vos, Pai. Eles não sabem o que fazem.”

Assisti então a envolvente palestra do cubano Pedro Juan Gutiérrez (foto), seguida do papo com Marçal Aquino e o chileno Alberto Fulguet.

Final de feira, Graça me pegou no Centro de Convenções e me deixou na Oficina do Sabor. Experimentei um maravilhoso Camarão Forró - camarões ao molho de maracujá, com arroz de côco queimado e castanhas - acompanhado de dois martinis, com a vista de Recife ao fundo da varanda.
Caminhando de volta para a pousada, cortei o bafo quente da noite ladeira acima, vencendo o povo que ocupava as ruas, numa alegria de folga merecida.
Tentei ler antes de dormir, mas meus olhos já haviam se retirado sem me dar boa-noite...

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