Mostre-me um exemplo Profissão: Mãe!: Buenos Aires - dia 2

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Buenos Aires - dia 2

Levantar nunca é uma tarefa fácil para mim, ainda mais com duas trocas de horário em menos de um mês...
Mas Buenos Aires merecia um esforço extra, e depois de um café da manhã bem qualquer nota, caminhamos até o Subte (metro). Lá pegamos a linha D - verde - em direção a Palermo Soho. Turistas padrão, assim que saímos da estação, na Plaza Itália, abrimos o nosso pequeno mapa e ficamos olhando ao redor com cara de "sabe Deus para onde temos que ir agora..."  Prontamente uma senhora carioca - que vive na Argentina há quarenta anos - perguntou se queríamos ajuda e nos indicou o caminho em direção à Plaza Serrano, onde acontece a feira de artesanato todo sábado. Pegando a rua indicada, saí literalmente caminhando com Borges. A Avenida chama-se Av. Jorge Luis Borges; besteira ou não, já fiquei toda emocionada. Mal sabia que era o mais próximo que chegaria dele... Apesar de insistentes tentativas, pela internet, na Casa Cultural Borges, e até mesmo trocando ideias com um local, não consegui descobrir nenhum museu ou local dedicado a ele. Se alguém tiver a manha, favor me passar as indicações para a próxima visita à Buenos Aires.
Enfim....
Caminhamos um bocado e demos de cara com ruas vazias, lojas fechadas e uma feirinha ainda pensando em acontecer. Adiós Palermo Soho! Tomamos um táxi até o Malba - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires.


Como ainda faltava meia hora para a abertura do museu, fomos tomar um café na quadra seguinte.

A região é muito bonita, como vocês podem conferir nas fotos abaixo.







No café, que era dentro do Museu de Ciência e Tecnologia (ou algo assim), tinha um carro em exposição!



Depois do lanchinho, voltamos ao Malba para ver as obras de  Andy Warhol.



A exposição foi interessante porém nada surpreendente. Ele foi um apaixonado pelo seu país, Estados Unidos, e retratou a cultura americana ironizando e eternizando seus ícones. Também realizou filmagens e retratou acidentes graves, numa tentativa de banalizar a morte.
Esta frase dele foi reveladora para mim:

Em algumas palavras ele resumiu a forma de uniformizar o comportamento de uma nação e também o resto do mundo ocidental.  A prova irrefutável da bestificação pela comunicação em massa. Quem tem o poder de 'guiar'  as massas, pode tudo....

Ainda no Malba  me encantei com uma instalação divertida e agregadora que havia no andar térreo.

Descendo alguns degraus havia uma sala escura onde um filme era projetado na parede mostrando uma partida de futebol com nosso querido time brasileiro. Pelé marca um gol e comemora com o time e com a torcida. Pouco mais de um minuto. O curioso é que o nosso Rei vestia a camisa 10, porém nas cores do uniforme argentino.... E o narrador chamava-o de Maradona! Eu que fico fula da vida de acharem que o argentino chega aos pés de Pelé já estava praguejando quando começou, na parede oposta, a projeção de outro filme. Desta vez era o Maradona que marcava um gol e comemorava com o time argentino, mas vestindo uma camisa do Brasil! E o narrador se referia a ele como Pelé. Foi aí que entendi o título da obra 'Nem cor, nem tamanho'.  Infelizmente não anotei o nome do artista, mas tive vontade de bater palmas. Genial. Um tapa de luva de pelica. Não importa a cor da pele, nem da camisa. Os dois são maravilhosos. E ponto final!!!


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