Com muita generosidade, Antônio Torres me enviou anotações - que agora divido com vocês - da oficina de romance que ministrou na Casa do Saber, no Rio de Janeiro, em julho deste ano.
Vou postar um pouco por dia, para não ficar muito longo, ok?
PARTE 1 - DEFINIÇÃO
1. Segundo o mestre Aurélio, o romance é a “transposição artística da vida em longa narrativa dos atos e sentimentos de personagens imaginárias”.
2. Mestre Houaiss:
“Obra narrativa escrita em língua românica, em prosa ou em verso”.
“Prosa, mais ou menos longa, na qual se narram fatos imaginários, às vezes inspirados em fatos reais, cujo centro de interesse pode estar no relato de aventuras, no estudo de costumes ou tipos psicológicos, na crítica social etc.”
“Prosa, mais ou menos longa, na qual se narram fatos imaginários, às vezes inspirados em fatos reais, cujo centro de interesse pode estar no relato de aventuras, no estudo de costumes ou tipos psicológicos, na crítica social etc.”
3. Outras definições:
“Composição poética narrativa do romanceiro popular, em particular a de tema amoroso”.
“Descrição marcada pelo exagero e pela fantasia (vai fazer um romance para contar um simples incidente...)”.
“Fato real que, por ser muito complicado, parece inacreditável.”
“Composição poética narrativa do romanceiro popular, em particular a de tema amoroso”.
“Descrição marcada pelo exagero e pela fantasia (vai fazer um romance para contar um simples incidente...)”.
“Fato real que, por ser muito complicado, parece inacreditável.”
4. Grande Enciclopédia Larousse Cultural:
“Gênero literário em prosa relativamente longa, caracterizado pela narração de acontecimentos fictícios, mas geralmente verossímeis, relacionados a uma ação centrada num enredo, na análise de personagens, ou no exame de uma situação”.
Portanto, o romance requer narrador/narradora, personagem central/ protagonista (ou narrador/personagem), personagens secundários, cenário, trama, subtramas, fabulação, começo, meio e fim, não necessariamente nesta ordem.
Portanto, o romance requer narrador/narradora, personagem central/ protagonista (ou narrador/personagem), personagens secundários, cenário, trama, subtramas, fabulação, começo, meio e fim, não necessariamente nesta ordem.
5. De Honoré de Balzac:
“É preciso desfolhar toda a vida social para ser um verdadeiro romancista, porque o romance é a história secreta das nações”.
6. Roland Barthes:
“Ato de sociabilidade, o romance institui a literatura”.
7. Alain Robbe-Grillet:
“Só a escrita romanesca constitui a realidade”.
8. O romance é em parte um legado da Antiguidade, e sucedâneo do poema épico.
Na Europa medieval, considerava-se romance um fenômeno de língua, ou seja, tudo o que não era escrito em latim.
9. Nas tertúlias ancestrais aos pés dos fogões, para espantar o medo da noite num remoto sertão, romance era uma história de amor e aventura cantada ao som de uma viola, como a do Pavão misterioso, ou de bravura, como A chegada de Lampião ao inferno. Não é por acaso que a poesia de cordel, forte legado ibérico ao Nordeste brasileiro, popularizou-se como rimance, significando isto romance com rima.
10. Antes de sabermos que o romance é tudo isso e mais alguma coisa, a palavra já descia melodiosamente em nossos ouvidos, por significar namoro, caso amoroso etc., deixando-nos a imaginar enredos que incluíam encontros fortuitos e lenços perfumados.
Tem muito mais daonde saíram essas definições. Continuem acompanhando!
Obrigada, Torres!!
beijo a todos e bom final de domingo,
dany
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